Afinal o que é expandir a consciência? O que é que isso implica para cada um de nós? De que se trata concretamente?

Na realidade, expandir a consciência não é mais do que aumentar a nossa compreensão acerca de nós próprios e do mundo à nossa volta. Ou seja, de aumentar a percepção do universo onde estamos inseridos, e da nossa própria conexão com ele.

Escolhemos colocar as emoções "debaixo do tapete" e, assim, manter longe da consciência as questões que nos são desconfortáveis.

Escondemo-las, fingimos que "está tudo bem", ou seguimos o lema de que “o que passou, passou”. Será?

Não falo de máscaras de carnaval. Falo de máscaras que ocultam a verdadeira personalidade.

Hoje em dia encontramos muitas vezes frases empoderadoras, como “tira a tua máscara”, “sê quem és de verdade!”, “mostra a tua essência!” “afirma o teu poder pessoal!“(entre muitas outras…).

– afinal de que se trata? (Eu não sou eu? Há outro “eu” sem ser “eu”??)

Acredito que a saúde, a alegria, a partilha, o cuidado, o amor, o amparo, o movimento, a informação, podem trazer um caminho mais focado no bem estar. Na vontade de viver e na coragem para superar desafios, e não cair por terra perante os desígnios de dor que surgem na vida.

Essa postura parte de cada um de nós. Para que nos tornemos anciãos com mais vontade de prolongar o caminho em condições de saúde e dignidade.

Ser idoso pode ser uma condição de dignidade, respeito, sabedoria e até vitalidade. Tudo depende como fazemos o caminho até lá chegar.

Há uma altura na vida em que os ciclos começam a fechar. O momento em que os filhos saem de casa é um deles.

São anos com a “casa cheia”. São muitos ralhetes por desarrumar o quarto. Por chegar fora de horas. Para estudar e fazer os deveres. Para não sujar tanto a roupa. Para largar o telemóvel. Para ter maneiras. Para pôr a música mais baixo.

E de repente… o quarto está sempre arrumado. A musica não se ouve. Não há roupa imunda. Não se ouvem vozes na casa… eles partiram. Voaram.

Talvez também possamos dizer que nascemos para dançar. Mas… também podemos dizer com igual segurança, que – como em muitas outras áreas da nossa existência – começamos desde cedo a bloquear essa tendência natural, essa capacidade de responder aos estímulos da música com um movimento natural e saudável do corpo.

Com a dança em geral – e com o chakradance em particular – vamos reencontrando a liberdade de movimentos. Vamos soltando um corpo rígido, encontrando um fluir do movimento natural e curativo que faz com que comecemos a libertar as emoções e memórias presas no corpo e no subsconsciente.

Entendo que procurar doentiamente um propósito "elevado", desvaloriza o propósito simples e contudo magnífico que muitas vezes já está a ser vivido.

A balança que dita se está ou não no seu propósito de vida é o que sente no coração em relação a isso.

Mais do que isso é ego.

Cada um deverá ser capaz de se olhar e ver a que nível de profundidade está a sua verdade, a sua autenticidade. E aí perceber se o que traz ao mundo é o respirar dessa verdade ou a falsa máscara por detrás da qual se esconde.

Ser verdadeiro é ser livre.

"Não me interessa ser original. Interessa-me ser verdadeiro." - Agostinho da Silva

“Eu comprometo-me a apoiar-me e a amar-me, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte separe o meu corpo do espírito.”

Sim, é um casamento indissolúvel contigo própria. Com amor.

E depois dos 50? Se precisar de um testemunho acerca do quanto nos podemos descobrir e transformar na idade madura da vida, tome o meu. Tenho muitas histórias para contar.

A idade não é limite. É mais valia.

Vale a pena reinventar a SUA terceira fase da vida! Ela é a ultima mas é a mais robusta e a que abre o caminho à verdadeira mulher sábia que existe dentro de si.

É importante entender que, independentemente de todas as crenças negativas associadas à terceira fase da vida, ela é o culminar de um longo percurso de vivências que, quando vivida com sabedoria, pode ser a fase mais rica e compensadora da nossa existência.

Minha avó disse: “Não deixe suas panelas brilharem mais do que você. Não leve tão a sério a limpeza da casa. A vida é curta, divirta-se!

E ninguém se lembrará de quantas contas você pagou, nem de sua casa limpa, mas eles se lembrarão de sua amizade, sua alegria e o que você ensinou."

Na idade madura existe todo um potencial de sabedoria adquirida que pode ser colocado ao próprio serviço, beneficiando também, de forma de forma serena e harmoniosa (e por vezes inesquecível) aqueles que são mais próximos (quem não recorda a avó e as suas palavras sábias, firmes, ternas e reconfortantes?).

Há que aceitar as alterações físicas que a idade traz, fazer por preservar a saúde e o bom estado físico. Mas há também que descobrir a beleza que vem com idade madura.

"A juventude é época de se estudar a sabedoria. A velhice é a época de a praticar" - J.J. Rousseau

"A pessoa deve encontrar-se a si própria e fazer todo o possível para que não haja uma discórdia consigo mesma" - Agostinho da Silva .

Tudo fica muito mais leve quando temos coragem de assumir quem somos e de fazer as nossas reais escolhas. Para isso temos por começar por “saber quem somos”.

Habituei-me a desenvolver uma prática de “centramento” e de conexão comigo mesma e com o Divino que, sendo feita diariamente, me traz maior firmeza interna, e maior coerência e serenidade comigo mesma. Vou contar-vos.

"Hoje, nenhuma pessoa, lugar ou coisa pode me irritar ou irritar. Eu escolho ficar em paz" – Louise Hay

Ao seguir as sugestões alheias como diretrizes para as nossas escolhas estamos, na maioria das vezes, a seguir um caminho criado segundo a experiência do outro.

Ou seja, estamos a seguir a opinião de outro de acordo com o seu olhar, de acordo com o filtro das suas experiências e crenças (muitas vezes bem limitantes!).

Para mudarem o que quer que seja na vida, as pessoas precisam entrar num processo de mudança. Provavelmente, num processo de cura.

Precisam de autoconhecimento e aumento da consciência acerca de suas vivências e de como chegaram ao ponto em que estão nas suas vidas. Por vezes é preciso ajuda para isso..

"É na escuta que o amor começa, E é na não escuta que ele termina, Não aprendi isso nos livros, Aprendi prestando atenção" - - Ruben Alves